
Objetos de memória

A mala é um objeto simbólico que compõe a imagem da travessia dos migrantes que chegaram nessas terras. Trata-se de uma memória dos que fizeram de Pirapora a sua paragem.

Bacia e trouxa e roupa
A bacia larga de alumínio é um dos objetos utilizados pelas lavadeiras nas cidades de Pirapora-MG e Buritizeiro. À beira do rio e de córregos, muitas mulheres fizeram dessa ocupação a principal fonte de renda. Das roupas batidas e quaradas nas pedras do rio garantia-se o sustento de muitas famílias chefiadas por mulheres.
Mala

Agulha de tecer redes e tarrafas
Principal item utilizado para tecer redes e tarrafas.

Tarrafa de Pesca
Tecida por Lázaro Soares, nascido em Montes Claros e morador de Pirapora/MG, a tarrafa simboliza o ofício dos pescadores que fizeram e fazem da pesca uma fonte de renda e também de sobrevivência.

Foto de Dona Lúcia (autor: Bicho Carranca)
Dona Lúcia, benzedeira da cidade, em registro do fotógrafo barranqueiro Bicho Carranca.

Tamborete de toco de árvore
Os tamboretes de madeira eram encontrados na porta de muitas casas barranqueiras. Feitos de troncos de árvores, esses tocos serviam para que as pessoas se reunissem para conversar, observar o movimento da rua ou , tecer redes de pesca, catar cafuné etc.

Mapa do Vale do São Francisco
Mapa do Vale do São Francisco
Mapa de navegação desenhado por João Vieira de Carvalho (conhecido popularmente como João das Queimadas), fluviário, natural de Queimados-BA. João mudou-se para Pirapora aos 25 anos, foi funcionário da extinta Cia de Navegação do Rio São Francisco, a FRANAVE. Aqui, ganhou título de cidadão piraporense e ficou conhecido por trabalhar ativamente junto ao Asilo São Vicente de Paula.
O mapa foi retirado do acervo familiar de João, cedido pelo seu bisneto, Davi de Jesus.

Quadro de nós náuticos
Tradicionalmente, os “nós de marinheiro” são conhecidos por fazerem parte de um saber relacionado aos militares da Marinha. No entanto, o conhecimento desses nós é difundido entre barqueiros e pescadores, homens e mulheres que usam o rio como meio de transporte, e precisam atracar suas canoas em pedras, árvores etc. em suas margens.